domingo, 9 de dezembro de 2007

Borandá deambular


Querido diário, essa foi uma das semanas mais loucas de um ano idem. O melhor momento foi ter ido à São Carlos entrevistar o LFER (imagem acima com parangolé em NYC). Sem dúvida alguma um mestre. Falamos muito sobre Oiticica, loucuras e sonhos. Voltarei lá mais vezes para pedir a benção. A foto ai de baixo é de quando sai la da chácara onde ele mora e fui andar até a rodoviária da cidade com meu mochilão multimídia debaixo de chuva.
Outro dia examinei a sola do meu tênis preferido e vi que de certa forma estou fazendo como os pássaros, espalhando sementes agarradas em chiclete e bitucas de cigarro. (é uma metáfora interessante para o autor). O que nos leva a noite de ontem, maior motivação para escrever aqui agora.
Encontrei o Lúcio e todas suas contradições no bexiga, no cruzamento ai de baixo. Fiz uma performance que mimetizava o Oiticica, big mouth strikes again, isso porque andamos pela escadaria onde ele fez a performance do "Oudáoudesçe" numa noite perdida nos 70's. Pela rua, um traficante batia boca com um infeliz, todo o povaréu se juntou pedindo sangue, mas ele não veio. Do embate com Lúcio, fica a promessa de nos reunirmos no futuro neste mesmo locus para refletir sobre nossas escolhas na vida e tals.Fomos depois a baladinha grátis no clube glória e finalmente me reencontrei com o southern confort. Fiquei tão contente e enamorado que bati essa foto lá e avisei aos amigos pelo celular. Quem gosta da bebida tem que aproveitar, pois talvez sejam as duas ultimas garrafas de SP.

Co'a marvada pinga é que eu me atrapaio
Eu entro na venda e já dô meus taio
Pego no copo e dali num saio
Ali mesmo eu bebo, ali mesmo eu caio
Só pra carregá é queu dô trabaio, oi lá!Encontrei também com uma boca transitória sem nome acompanhada de mão boba super excitada para conhecer a montanha de meus países baixos. Foi bom enquanto durou e dessa vez não teve chororo. Mas a "marvada" cobrou seu preço mais tarde quando o (hot) dogão que estava recém chegado ao estômago resolveu latir até sair de lá pela minha boca. Para piorar, depois dessa cena (privada essa vez) resolvi mandar uma mensagem para o sujeito de postagens anteriores. Era so a palavra maldito, mas nem isso consegui escrever direito. Que vergonha!!!
Voltei para casa e topei com essa imagem nos jardins da usp enquanto tocava essa música na minha cabeça:

Já virei calçada maltratada

E na virada quase nada
Me restou a curtição
Já rodei o mundo quase mudo
No entanto num segundo
Este livro veio à mão
Já senti saudade
Já fiz muita coisa errada
Já pedi ajuda
Já dormi na rua
Mas lendo atingi o bom senso
A imunização racional (Bom senso - Tim Maia)

Um comentário:

Onda disse...

Oi Rodrigo. Muito bacana seu Blog.
Abcs.